Manoel Ribeiro da Costa
Há quem busque palavras arrojadas
para escrever o verbo decassílabo.
Há quem busque as imagens mais fantásticas
para falar dos pássaros, do fogo,
das estrelas, do mar, do céu, das nuvens,
das ruas, das formigas, dos jardins
e dos deuses. Há quem busque tecer
poemas tão perfeitos quanto belos.
Não procurem, portanto, no que escrevo
nada disso. Meus versos são tão simples
como flores silvestres sobre a mesa.
Eles falam da vida, dos meus sonhos.
Ninguém encontrará aqui Drummond...
Eu sou apenas um simples aprendiz.
(Retirado da Coletânia Minas & Gerais. 13 de Setembro 2010 - 10º Aniversário de falecimento do autor).